terça-feira, 22 de março de 2011

O Despertar do Mortos - Tomo I - Capítulo 2º

II

Logo após dobrar a esquina Miguel andou mais alguns passos e viu um cachorro mexendo na lixeira de uma casa. Ele pensava no que iria dar essa vida um sogro um tanto quanto ranzinza, mais estava disposto a sacrificar-se por MJ, sabia que gostava mutuo dela e que daria para esperar mais alguns anos o namoro ia bem e poderia esperar mais us dois anos para o fim da faculdade. Quem sabe ao final do curso acontece-se um concurso público para o zoológico e assim o estágio transformar-se-iá em emprego definitivo.
            Repentinamente ouviu um barulho de latas caindo a suas costas. Era o cão derrubando a lixeira da casa.
-         Bom ao menos alguém vai estar bem feliz essa noite, pensou Miguel.
            Andou por mais algumas quadras até chegar em uma avenida bem iluminada, de duas vias, era a Independência. Sairá logo próximo de uma parada. Bem em frente ao cemitério do setor Campinas. Olhou para um lado, pra o outro não viu ninguém além de alguns cães(como de costume). Como também não viu ônibus algum resolveu não esperar em frente do cemitério, pagaria menos na passagem de volta para casa hoje. Não acreditava em fantasmas ou em vampiros mais não queria ficar ali caminho mais algumas quadras pela avenida atravessando a 24 de outubro. Já não estava mais nos setor dos funcionários e sim no setor campinas, um pólo de comércio popular não só local e sim estadual ou até mesmo nacional. Já havia ouvido que muitas pessoas de outros estados vão até lá para fazer compras, pessoas do centro-oeste, norte, nordeste e até de Minas Gerais vão ali para fazer compras para revenda. Andou mais alguns metros e ouviu um grito que lhe fez o coração deparar pela descarga de adrenalina.
-         Sua bicha inútil...
-         Quem eu? Por quê Mona, eu esqueci só os preservativos, tem nada não eu faço mesmo na pele...
            Eram três travestis que estavam discutindo algo sobre preservativos. Não deu muita bola continuou andando. Ainda deu para ouvir uma brigando com a outra dizendo que deveria voltar para casa para pegar as “camisinhas”.
            Bem, logo estava a sua frente o terminal da Praça ”A”. Não esperou o semáforo mudar de cor atravessou até a guarita e pagou a passagem e dirigiu-se para a fila de seu ônibus. Ainda teria uma pequena viagem até chegar em casa na Vila Maria José.

0 comentários:

Postar um comentário

BlogBlogs.Com.Br